Caso Débora: Gil Romero diz à polícia que pagou R$ 500 para grávida levar apenas ‘Surra’
MANAUS (AM) – A Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) concedeu coletiva na noite desta quarta-feira (9) após a prisão do vigilante Gil Romero Machado Batista, de 41 anos, preso no estado do Pará, nesta terça-feira (8). O homem disse que não foi ele quem matou Débora da Silva Alves, que tinha 18 anos e estava grávida de 8 meses dele, mas Romero afirma que contratou dois homens para darem apenas uma “Surra” nela.
Segundo a delegada Deborah Barreiros, adjunta da DEHS, Gil atribuiu a culpa à José Nilson Azevedo da Silva, conhecido como “Nego”, que já está preso, e uma terceira pessoa ainda não identificada pela polícia. “Ele alega que deu ordem para um corretivo, para que ela parasse de dizer que estava grávida dele, porque ele é casado e inclusive pagou R$ 500. Quando chegou ao galpão, disse que ficou desesperado com ela morta e falou para eles darem um jeito”, informou a delegada.
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Gil Romero ainda vai ser ouvido detalhadamente pela polícia, mas no depoimento preliminar afirmou, ainda, que tanto Nego como a outra pessoa envolvida atearam fogo na grávida e que ele estava trabalhando no momento do fato. O crime ocorreu na madrugada, por volta das 4h. Nego, em depoimento, contradiz a versão dada pelo homem e o culpa pela morte, alegando que ela já estava morta e no carro de Romero.
O que aconteceu com o bebê que Débora esperava, uma das perguntas mais importantes, ainda é um mistério, segundo o delegado Ricardo Cunha: “Ele ainda vai passar por interrogatório novamente, mas nega que tenha feito algo. Que se algo aconteceu com o bebê, foi culpa do ‘Neguinho’ e do terceiro elemento”, explicou o titular da DEHS.
Ainda sobre esse fato, já que a família da vítima acredita que o bebê estivesse vivo, o delegado informou que a gravidez da jovem é informada de forma extraoficial. “Não tem laudo pericial que nos municie de informações para confrontar com as pessoas envolvidas. Ele vai passar por audiência de custódia, acareações, possivelmente vamos ter uma resposta sobre a questão do bebê. Ainda temos questionamentos em aberto, nao está fechada a investigação”. O Instituto Médico Legal (IML) liberou o corpo da jovem por causa da arcada dentária que confirmou a identificação, mas vestígios do feto não foram encontrados.
Para a delegada, não há dúvidas de que a intenção de Gil era “exterminar” a vida da jovem e do bebê, fruto do caso extraconjugal. Segundo ela, o vigilante afirmou que a atraiu ao encontro com a desculpa de ajudar com os acessórios do berço, mas que queria apenas tratar sobre o assunto paternidade. O vigilante alegou que tinha a intenção de levar o corpo para outro lugar, mas que logo após o desaparecimento, a família da vítima o procurou e ele imaginou que a investigação chegaria até nele, então fugiu.