Acusado de desviar R$ 29 milhões, Simão Peixoto pode pagar fiança para deixar prisão
Manaus – A Justiça Federal estabeleceu fiança para que o prefeito afastado do município de Borba, Simão Peixoto, tenha a liberdade provisória concedia e deixe o sistema prisional ainda neste sábado (15). Peixoto é alvo de uma operação do Ministério Público do Amazonas (MPE-AM), suspeito fraudes em licitação, corrupção ativa e passiva, além de desviar recursos públicos que totalizam R$ 29 milhões.
Caso Peixoto pague a fiança no valor de 80 salários mínimos, segundo a decisão do Juiz Federal Marllon Sousa, ele será monitorado por tornozeleira eletrônica, proibido de entrar nas dependências de qualquer órgão, repartição ou dependência física da prefeitura do município de Borba, pelo prazo de 180 dias, além de outras determinações.
Além de Simão, os outros presos investigados durante a operação sejam devem pagar 20 salários de fiança. Todos os custodiados estão suspensos do exercício da função pública.
A operação atinge também familiares, empresários e agentes públicos envolvidos em crimes contra a administração pública, fraudes em crimes licitatórios e lavagem de dinheiro. O MP-AM busca o ressarcimento aos cofres públicos e o afastamento dos agentes públicos investigados de suas funções.
Em 03 de março deste ano, Simão Peixoto foi preso preventivamente por ordem do desembargador Anselmo Chíxaro, do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), pelos crimes de ameaça, desacato difamação e restrição aos direitos políticos em razão do sexo, cometidos contra a vereadora Tatiana Franco dos Santos. O prefeito foi denunciado após dizer que daria uma “ripada” na vereadora. Após sair da prisão em liberdade concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o prefeito retomou a administração do município.
A Câmara Municipal de Borba empossou o vice-prefeito José Pedro Freitas Graça, conhecido como ‘Zé Pedro’, no cargo que era ocupado por Peixoto.
Excêntrico, o prefeito coleciona processos e ficou famoso pelo temperamento forte ao desafiar um ex-vereador desafeto para uma luta de MMA em 2021. O órgão ministerial informou que a Operação Garrote cumpriu 11 mandados de prisão preventiva, 28 mandados de busca domiciliar, 28 mandados de busca pessoal e 28 mandados de busca veicular, totalizando 95 medidas cautelares.
Fonte: D24am