Influenciadores digitais tem pedido de liberdade negado pela Justiça do AM
O desembargador do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), Henrique Veiga Lima, negou pedido de liberdade aos influenciadores digitais João Lucas da Silva Alves, 24, conhecido como Lucas Picolé e Enzo Oliveira, conhecido como “Mano Queixo”, presos na Operação Dracma, deflagrada pela Polícia Civil do Amazonas, contra um esquema fraudulento de venda de rifas clandestinas que movimentou mais de R$5 milhões, e outros crimes em Manaus.
De acordo com a decisão, ambos os influenciadores foram presos em flagrante, o que agrava a situação e impede que respondam em liberdade. O documento menciona: “Roubos perpetuados, emprego de arma de fogo e violência, além de tentativa de homicídio contra policiais militares”.
A decisão também destaca que a medida tomada pela Justiça visa evitar que o réu atrapalhe as investigações. “Há nos autos elementos hábeis a recomendar a manutenção da custódia preventiva”, ressalta.
Na primeira fase da Operação Dracma, deflagrada no dia 29 de junho, a polícia foi até as residências dos dois cumprir mandados de busca e apreensão, mas, no local, foram encontradas armas e drogas, o que resultou na prisão em flagrante.
O advogado de Enzo, Régis Machado, alegou que o influenciador foi preso em “procedimento de flagrante ilegal” porque ele não morava na casa em que estava no momento da abordagem e os policiais tinham autorização judicial apenas para entrar na casa dele, que fica no bairro Ponta Negra, zona oeste de Manaus. No local, no bairro Novo Aleixo, zona norte, os agentes encontraram 175 unidades de droga sintética (LSD) e três munições de fuzil calibre .762.
Os dois permanecem presos em um presídio, em Manaus, respondendo por crimes que envolvem porte de munição e arma ilegal, entorpecentes e adulteração de sinal de identificador de veículo automotivo.