40% dos brasileiros acreditam que podem ser roubados ao sair de casa

Mais da metade da população brasileira se sente insegura para sair às ruas durante a noite. Além disso, 40% dela afirma ter chance média ou alta de ser roubada ao sair de casa. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua e foram divulgados na última semana pelo IBGE.

A pesquisa ouviu brasileiros com mais de 15 anos de idade e se refere ao último trimestre de 2021. Ela identificou que o percentual de pessoas que temem sair às ruas depois que o sol se põe é de 51,7%.

Já o grau de segurança dos que moram em áreas rurais é mais elevado que o das áreas urbanas.

A chance de ser roubado no transporte público amedronta 38,1% dos entrevistados; já 37,2% deles acreditam que podem ter seu carro, moto ou bicicleta roubados. A chance de ter o domicílio roubado ou furtado é uma possibilidade para 29,5% da população.

Mais de 50% das pessoas evitam chegar tarde, usar caixas eletrônicos à noite e celular em público.

Também foram avaliados:

  • pessoas com chance alta ou média de estar no meio de um tiroteio: 16,4%
  • ser vítima de bala perdida (16,4%); de agressão sexual: 13,2%
  • ser assassinado: 13,0%
  • ser vítima de sequestro: 11,7%
  • ser vítima de violência policial: 10,9%

Homens sentem-se mais seguros que as mulheres

A proporção de mulheres que afirmaram ter chance alta ou média de serem vítimas de violência sexual foi de 20,2%; entre os homens o percentual foi de 5,7%.

Segundo a PNAD Contínua, entre as atividades evitadas por motivo de segurança, as proporções das mulheres que as evitavam eram sempre maiores que as dos homens, especialmente para chegar ou sair tarde de casa (63,6%), ir a caixas eletrônicos à noite (57,2%) e usar celular em público (57,6%).

As chances do sexo masculino ser vítima de violência policial foi de 13,5% e de ser confundido com bandido, 13,4%.

“Em geral, as mulheres têm percepção de risco alto e médio maiores para quase tudo [ser assaltada, ter sua casa assaltada, ser vítima de violência física, ser assassinada, estar no meio de um tiroteio etc], mas a diferença mais gritante é ser vítima de agressão sexual”, explicou a pesquisadora do IBGE, Alessandra Brito, em entrevista à Agência Brasil.

Essa pesquisa inédita para investigar o tema “sensação de segurança” foi realizada em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Documentário faz um raio X da segurança no Brasil

O sentimento de insegurança entre os brasileiros é o resultado de um conjunto de fatores: altos índices de homicídios, violência, furtos, sequestros e estupros.

Num país onde cerca de 40% da população já foi vítima de roubos e um homicídio ocorre a cada 9 minutos, é urgente falar sobre segurança pública.

A Brasil Paralelo traçou um panorama da criminalidade no Brasil na trilogia Entre Lobos, original da BP que bateu recorde de público já nas primeiras 24 horas de exibição.

Os números apresentados no filme são alarmantes: somente em 2016, foram registrados 1 milhão e 850 mil roubos nas 27 capitais brasileiras. A cada minuto, ocorrem mais de 3 roubos em todo o país.

As maiores autoridades em segurança foram ouvidas para a produção do documentário. Elas explicaram por que o país é um dos mais violentos do mundo e respondem: é possível fazer do Brasil um lugar seguro?

Para expor nossos maiores problemas e esclarecer esta dúvida foram necessárias mais de 100 horas de captação de imagens e mais de 300 dias de produção.

O documentário contou cerca de 50 entrevistados, quase um ano de filmagens em 13 cidades, três países diferentes e um orçamento que girou em torno de R$ 1 milhão.

Fonte: Brasil Paralelo 

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